Banda Gloria
Formada em 2002, na cidade de São Paulo, por Mi (vocal), Elliot (guitarra e vocal), Peres (guitarra), João (baixo), e Fil (bateria), a banda Gloria planeja lançar o próximo disco neste ano. O primeiro DVD do grupo é um dos projetos da banda também para sair no segundo semestre.
Ouvir Gloria no Kboing
Confira letras de Gloria
Veja as fotos do show
Em entrevista exclusiva, os integrantes do grupo revelaram que irão entrar em estúdio em julho e que já estão trabalhando em algumas músicas.
O grupo percorreu o underground até assinar contrato com a Arsenal Music, que apostou no quinteto. O primeiro disco por uma gravadora, o álbum homônimo chegou ao mercado no ano passado.
A seguir você lê o bate papo com os integrantes do Gloria:
Kboing – O nome da banda Glória tem algum motivo especial?
Mi – A banda se chama Glória por causa de um grupo norte-americano que se chama Mineral, e eles têm uma música com o nome “Glória”. Foi uma forma de homenagear uma banda que admiramos muito.
Kboing – Como vocês se conheceram e surgiu a ideia de montar a banda Glória?
Mi – A ideia surgiu quando eu ainda tocava no Dance of Days. Conheci o João que está desde a formação e o Fio, Eliot e o Peres eram de outras bandas que foram migrando para o Glória...nos conhecemos na estrada.
Kboing – Vocês passaram seis anos no underground e agora fecharam com uma grande gravadora. Como vocês foram descobertos pelo Rick Bonadio?
Elliot – Na verdade foi num show em que abrimos para o lançamento do CD da banda Fresno e o Rick Bonadio, assistiu e gostou, logo depois do show ele foi ao camarim, nos conhecemos e foi aí que rolou todo esse contato para assinar com a Arsenal Music.
Kboing – O que mudou para a banda no processo de produção de um disco por uma grande gravadora?
Peres – O que mudou é que tivemos mais estrutura da gravadora, mais tempo para compor as músicas, mais tempo também de estúdio para trabalhar nelas...A mudança principal é a estrutura oferecida por uma grande gravadora que não tivemos no trabalho independente.
Kboing – Como o público vem recebendo esse ultimo disco?
Peres – No geral a recepção foi boa! Claro que tem uns fãs mais antigos que reclamam por termos assinado com uma grande gravadora, tem esse lance que eles falam de ‘se vender’ e tal, mas no geral, o CD foi muito bem aceito.
Kboing – Qual a definição que vocês dão ao som da banda?
Mi – Nunca incomodou porque o pessoal não sabe interpretar esse lance de emo. O Gloria tem influencias do emo antigo, não desse emo que dizem que é novo e não é emo.
Kboing – Vocês se incomodam quando classificam o trabalho do grupo de 'Emocore'?
Mi – Somos uma banda de rock, de metalcore e estamos batalhando por nosso espaço na cena de rock nacional.
Kboing – Se vocês tivessem oportunidade de tocar com uma banda internacional e
uma nacional quais seriam?
João – Acho que seria interessante coisas bem opostas do nosso som, como Lady Gaga, Roupa Nova, Le qua, Luan Santana, César Menotti & Fabiano, La Semaine, artistas que não têm nada a ver com o Gloria seria muito interessante.
Kboing – Como é a atividade de compor da banda?
Elliot – Todos compõem....chega um com uma ideia de uma parte da música e a gente desenvolve com todos juntos, dando ideias terminando juntos.
Kboing – Quais são os próximos projetos do Gloria?
Mi – Iremos lançar o próximo CD ainda este ano, com uma cara nova do Gloria, bem rock n’roll e bastante evolução da banda com certeza. E quem sabe um DVD em sequência, se tudo der certo iremos lançar nosso primeiro DVD também este ano. Já estamos trabalhando em algumas músicas e devemos entrar em estúdio no mês de julho para começarmos a gravar esse CD.
Kboing – Deixem um recado para os fãs que curtem o som da Glória e que acessam o site.
Gloria – E aí galera , nós somos o Gloria e gostaríamos de agradecer pela recepção. Valeu , “é nóis”!
https://www.kboing.com.br/entrevistas/Entrevista-Gloria+10052414574875.html
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Replace
Como vocês se conheceram e montaram a banda?
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O vocalista Beto |
Beto: Caio e os antigos guitarristas, tiveram várias bandas, nunca deram certo, arriscaram uma última vez e foi aí que surgiu o Replace.
Eu fui encontrado através de um vídeo na internet chamado "procura-se vocalista". O Koala foi importado de MG, Vine e o Pedro mostraram o mesmo sentimento pela coisa assumindo as guitarras, e desde então nós vivemos esse sonho.
Algumas das músicas da banda trazem uma mensagem bastante positiva e o som com uma "vibe" bem pra cima. Vocês preferem falar de assuntos assim ou também tem um lado mais sério?
Beto: Penso que os assuntos devem ser bem mesclados, diversos. Às vezes você está na pilha de uma "vibe" pra cima, mas quando bate uma deprê ou algo do tipo, sempre é bom botar pra fora escrevendo algo, assim como nossa músicaPreciso Parar.
Qual a importância da Internet na carreira de vocês, visto que a banda sempre marcou presença no MySpace, Fotolog, entre outros sites?
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O guitarrista Vine |
Vine: Basicamente tudo que a gente conquistou até hoje foi através da internet. Para uma banda independente ela é a melhor forma de espalhar seu trabalho pelo mundo inteiro. Temos perfis oficiais da banda no Twitter, MySpace, Orkut e Fotolog, e todos da banda têm Twitter e Orkut. Ficamos o tempo inteiro lá!
Vocês disponibilizam o disco "Vida de Papel" gratuitamente no MySpace da banda (https://www.myspace.com/replacemusic). Como tomaram essa decisão e qual a importância dela para vocês?
Vine: Hoje em dia está cada dia mais difícil para uma banda vender um disco. E essa dificuldade aumenta ainda mais quando a banda é independente, tem todas aquelas restrições na distribuição e tudo mais.
Colocar o disco para download gratuito no MySpace foi uma forma que encontramos pra divulgar ainda mais nosso trabalho. É muito dificil uma pessoa da Bahia, por exemplo, conseguir comprar nosso disco, mas ela pode baixar ele direto no nosso MySpace, sem correr o risco de baixar em um lugar que ela não confia e de vir vírus junto. Sem contar que baixando no nosso MySpace o disco vem com o encarte digital e tudo mais!
A Replace já tem um clipe para a música "Ponto de Paz". Estão acostumados com a câmera ou foi uma experiência difícil para os integrantes?
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O baterista Caio C. |
Caio C.: A gente sempre anda com uma camera pra cima e pra baixo porque gravamos a série "Onde foi que eu errei", para lançar no Youtube. É uma série que mostra nosso dia a dia, ou pelo menos os dias mais importantes para o Replace.
Mesmo assim fiquei meio preocupado no dia do clipe, sabia que faríamos fácil a parte onde a banda toca mas não tinha idéia de como iríamos nos sair nas cenas individuais. No final me surpreendi com todo mundo, principalmente com o Beto que teve que atuar durante todo o clipe e ainda fazer cenas com uma atriz de verdade. Foi bem tranquilo! Claro que a direção do César Nery ajudou e muito. Mas nós temos nos saido bem em entrevistas para Tv e tudo mais.
Pretendem gravar um outro clipe? Qual música seria a escolhida?
Caio C.: Sim Sim! mas não tão cedo. Temos muitas músicas novas na cabeça e estamos fazendo a pré-produção de um possível disco. O primeiro passo é esse o disco vai "pedir" um clipe.
Dentre todas as letras do Replace, qual é a preferida da banda?
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Pedro: guitarra e voz na banda |
Pedro: A letra de Ponto De Paz, com certeza, é a nossa favorita.
E quais são as principais influências musicais do Replace?
Pedro: Cada um ouve bandas completamente diferentes do outro, mas as principais influências são: Fall Out Boy, Motion City Soundtrack, The Starting Line e Charlie Brown Jr.
Durante a carreira vocês, já pagaram algum mico que é lembrado pelos integrantes até hoje?
Pedro: Ahhh, pior que foi comigo! Em nosso primeiro show em Curitiba, eu caí no palco de um jeito muito estranho. O palco estava molhado e a gente lembra disso quando perguntam em toda entrevista.
Mandem um recado para os fãs da banda Replace !
Hey galera!
Obrigado pelos minutinhos aqui lendo a entrevista. Desejamos muita música, amor e coisas legais pra vocês! Não esqueçam o guarda-chuva em dias fechados hein!
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Pe Lu (Restart)
Pe Lu, conte pra gente mais sobre esse projeto de lançar a música "Levo Comigo" em espanhol. Quando e quem deu essa ideia?
Sempre tivemos como meta fazer uma carreira bacana no Brasil mas também expandir isso pra fora. Gravar em espanhol entra nesse projeto. Queremos levar nossa musica para os países vizinhos, que inclusive já tem uma galera que curte nosso som. Temos fã clubes no México, Argentina, Chile.
Estamos muito ansiosos pra ouvir a versão pronta, mas pelo que eu escutei vai ficar demais!
E para vocês como foi gravar em espanhol? Tiveram a ajuda de algum professor ou tradutor para cantar a nova letra?
Vamos gravar ainda essa semana! Foi feita uma versão da Levo Comigo por Lynda Thomas que é uma grande pessoa no meio musical do México e de toda América Latina.
Nós quatro sempre fizemos aulas de espanhol então acho que vai fluir bacana.
Depois do lançamento desta gravação, qual é o objetivo do Restart fora do Brasil?
Ainda não temos nada acertado, mas como eu disse anteriormente queremos alcançar os países vizinhos e poder levar nossa musica para todos os lugares.
Tudo vai depender da aceitação do público de fora com a banda. Espero que dê certo.
Vocês vão lançar uma nova música (Pra Você Lembrar) neste Happy Rock Sunday 3, no domingo. Conte para os fãs que ainda não sabem, do que trata a nova letra.
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Pe Lu (de vermelho) |
A idéia da música era a gente tentar se colocar no lugar das nossas fãs, tentar entender o que elas sentem, as alegrias, as frustrações.
No dia que eu estava compondo com o Koba foi também quando aconteceu o cancelamento da tarde de autógrafos na FNAC. Então ela acabou ficando carregada também do nosso amor por elas, pelos nossos fãs. Já é uma das minhas letras prediletas.
Depois do episódio na FNAC, com a sessão de autógrafos que reuniu milhares de fãs e acabou cancelada devido a falta de segurança, em abril, como vocês vão lidar com eventos como esse daqui pra frente? Pretendem fazer menos vezes ou continuarão fazendo normalmente?
Acho que aprendemos algumas coisas com esse ocorrido, principalmente em relação à segurança e organização. Pretendemos sim fazer outros eventos desse pois são as formas que temos de ficar perto dos nosso fãs, dessa galera linda que nos apoia!
Fala pra gente sobre o projeto Happy Rock Sunday. Já vamos para a terceira edição. O projeto vai continuar?
Com certeza! O Happy Rock Sunday de maio está chegando e já estamos pensando no de junho, julho... Estamos com mil ideias novas, shows diferentes.
O objetivo é sempre trazer uma festa mais bacana a cada mês pra galera que nos acompanha. Fiquem ligados na gente, (risos).
Para terminar Pe Lu: com tanta coisa acontecendo, ainda tem mais alguma novidade para os fãs?
O que eu posso dizer é que provavelmente pra junho vamos fazer um negócio totalmente diferente do que estamos acostumados e pela minha visão vai ficar demais!
Fora isso espero todos no dia 16, em São Paulo, no 3ª Happy Rock Sunday, que vai ter música nova e aquela vibe de sempre! Fiquem ligados nos nossos sites também: https://www.fotolog.com/rockrestart e https://www.myspace.com/rockrestart, que sempre lançamos coisas diferentes!
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Dudu Surita
Dudu Surita: “não procuro uma namorada, mas se acontecer, aconteceu”
Sucesso do blog “Vida de Garoto” da revista Capricho, filho de Emílio Surita fala que pensa em seguir carreira na TV
Aos 15 anos, Dudu é assediado por garotas de todo o país
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Catch Side
O Catch Side faz parte de uma safra de bandas que "nasceu" na Internet. Tratam-se de grupos jovens, que mesmo sem um disco gravado, postam seu material em sites como Youtube e, assim, conseguem seus primeiros fãs.
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Catch Side é uma das revelações do ano |
Porém, os vídeos caseiros gravados pelo vocalista do
Catch Side, Kaká, ultrapassaram as expectativas dos integrantes da banda. Mais de 1.500.000 acessos.
Hoje a banda tem contrato com a Deckdisc (a mesma gravadora de artistas como
Cachorro Grande,
Pitty, entre outros), dois discos lançados e uma legião de fãs que está presente a cada show da banda.
Conversamos com o vocalista Kaká sobre esse currículo todo, em tão pouco tempo. Ele também contou algumas curiosidades do
Catch Side pra gente e também sobre suas letra preferida! Veja tudo isso a seguir.
Entrevista
Como vocês formaram o Catch Side?
A ideia da banda era a ideia inicial da maioria das bandas que acontecem no mundo. A gente tinha uns 14 anos, tocava violão de bobeira, sem pretensão nenhuma. A gente queria botar isso em prática, tocar essas músicas que a gente gosta e eu também tinha umas letras, em inglês, no caso.
Tocava eu e o Diego, basicamente, porque não tinha nem batera e baixista na época. E isso foi rolando por uns seis meses, até que a gente achou um baixista e um batera na época do colégio, acabamos tocando junto e tal. Lembro até que no primeiro ensaio, a gente tocava cover, mas eu toquei uma música minha e o batera falou: “Essa música é maneira. De quem é?” Eu falei “É minha. Vamos formar uma banda de música própria”.
E foi nessa onda, a gente começou sem pretensão e ficou uns quatro anos assim, até virarmos profissionais mesmo.
Vocês citam o Beatles como grande influência da banda. Porém, se escutarmos suas músicas com atenção podemos notar influências do punk rock e pop. Vocês concordam com isso?
No primeiro CD “O Sonho Acabou”, a gente gostava muito dessas bandas, escutava muito, tinha essa influência do pop/punk. Na época, não era só a gente. Tinha outras bandas também que tocavam esse tipo de som, aquele punk rock californiano, como Starting Line, Dashboard Confessional. Eram bandas que a gente gostava muito na época.
Eu sempre ouvi de tudo, sempre gostei de muita coisa. Desde punk rock ao hardcore, grunge e outras influências. Eu sempre gostei de The Beatles, de rock britânico em geral, como Oasis. Mas, agora a gente começou a botar isso mais a sério no Catch Side. Essa influência tá vindo mais forte agora.
Eu diria até que metade do CD novo do Catch Side tem essa influência The Beatles e a outra medade da leva do passado, do punk/pop. A gente está numa fase de transição.
Acho que, talvez, no próximo álbum seja mais forte, mais visível ainda por estarmos nessa fase de transição. Estamos escutando muita coisa diferente, atualmente. Desde The Beatles, Coldplay,Maroon 5. Tem muitas bandas que a gente têm ouvido bastante.
Quais outras bandas e artistas que você gostaria de também citar como influências?
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Eu E Você é um dos sucessos do quarteto |
De internacional, Coldplay, Oasis, The Beatles, é claro.Tears For Fears, dos anos 80. A gente gosta muito das bandas dos anos 80 também. Outfield... e anos 60 também escuto algumas coisas.
De nacional, gosto muito de Os Paralamas do Sucesso,Barão Vermelho, Titãs... essas bandas são show. Sempre admirei muito essas bandas, principalmente,Os Paralamas do Sucesso.
Kaká, como funciona o processo de composição no Catch Side?
Eu escrevo todas as músicas, faço os arranjos delas no meu quarto sempre. Trabalho com letras verdadeiras, gosto de escrever coisas que aconteceram na vida. Não precisam ser coisas que aconteceram necessariamente na minha vida. Algo que eu tenha visto com algum amigo, algum familiar e boto assim dentro da música.
Depois eu levo as músicas para o ensaio, mostro para os moleques, para ver se eles aprovam ou não aprovam, se querem mudanças ou não. A gente monta a música juntos.
Mas, basicamente, ela começa e chega a 50% no meu quarto, quando eu com o violão faço as músicas.
Qual letra do Catch Side é a mais significativa para você? Por que?
Todas as letras que eu venho fazendo desde o primeiro, com o segundo CD são muito significativas para mim porque são fases da minha vida, sabe. Foram fases que eu vivi. Se você for pegar da primeira letra até a última desse CD, eu comecei a escrever com, sei lá, 16 anos, aquelas músicas que estão no primeiro CD, e hoje, com 22 anos, as últimas músicas do novo CD. Então, são fases.
Se eu tivesse que pegar uma música que pudesse me definir bem seria Capitulo I De Amor, do primeiro CD. Apesar de não ser uma música tão pedida. Acho que ela não foi nem tão divulgada no primeiro CD. As pessoas gostam muito dela. Eu gosto muito dela porque ela me define bem, a letra dela me define bem. Era um momento que eu estava vivendo conturbado, de não saber expressar algumas coisas. Ela foi bem significativa para mim.
Claro que todas as músicas têm um valor sentimental muito grande pra mim. Mas, essa aí sem dúvida marcou.
Vocês são um dos recentes fenômenos da Internet. No início, vocês acreditavam que conseguiriam atrair tantos fãs usando a Internet como ferramente de divulgação ou isso era apenas um sonho?
Com relação aos vídeos, a gente nunca fez nada para o sucesso. Do tipo, “Ah vamos, fazer isso para fazer sucesso, crescer”. Nunca. Era para botar o vídeo e quando a gente olhou, tinha 10 mil, depois 20, depois 100, depois 1 milhão. Foi assim.
Até porque eu não divulguei no Fotolog esse vídeo. Não sei o que aconteceu. Foi um milagre, digamos assim. Eu acho que esse foi um fator determinante e diferencial pra gente ter conseguido essa crescida.
Com relação à Internet, a gente sempre trabalhou com ela de uma forma diferente, no início. A gente começou em 2002 e ficou até 2006 botando música na Internet e nada. Essa coisa do fenômeno aconteceu porque em um ano, foi em 2006 para 2007, o negócio cresceu de forma absurda. Coisa que não cresceu de 2002 a 2005, só em um ano cresceu mais do que nos anos anteriores.
Depois em 2007, 2008 e 2009, a gente vêm colhendo tudo que plantamos. O CD com essas músicas que a gente colocou na Internet, não tínhamos pretensão até porque em 2006, a gente estava mais para acabar a banda do que pra continuar. Então, foi uma coisa de outro mundo pra gente, foi muito bom.
Como foi gravar o primeiro disco de estúdio com a Deckdisc? O que aprenderam com essa experiência?
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O Catch Side lançou seu novo CD este ano |
Quando gravamos o primeiro CD, tínhamos 17, 18 anos. A gente não sabia muito o que ia acontecer. Lembro que quando entramos na Deckdisc, a gente pediu para o cara que gravou o nosso primeiro CD, que era o Alexandre Grego, acompanhasse e ajudasse a gente na gravação do segundo CD.
A gente queria manter essa química porque rolou no primeiro CD e poderia rolar no segundo. E foi o que acabou acontecendo e juntamente com o Rafael Ramos, que é um produtor conceituado, produziu o CD dos Los Hermanos, Pitty, do Strike. Então, foi muito bom pra gente.
Trouxemos ele e fomos trabalhando juntos nessa pré-produção das músicas. Na verdade o trabalho foi parecido: a gente fez uma pré-produção no primeiro e no segundo CD e depois gravou. Foi mais ou menos a mesma coisa.
A diferença é que você tem um estúdio muito maior, as pessoas importantes vendo e dando idéias. São várias cabeças pensando e falando coisas. Palpites bons que você adquire com o tempo, com experiência de anos de mercado. E isso foi o que aconteceu com a gente, pudemos aprender muito com grandes nomes da música.
Quais bandas são amigas de vocês e talvez o público não saiba?
Então, amigos, pessoas que a gente conhece... costuma falar e conversar mesmo, sair junto e trocar idéia é o Bonde da Stronda. Muita gente tem preconceito contra eles, não gosta e tal. Mas, são dois moleques muito gente boa, bacanas, que escrevem bem, estão crescendo e evoluindo.
Às vezes pessoas dizem: “Pô, vocês estão malucos, vocês ficam com o Bonde da Stronda falando com eles e saindo”. Mas, a gente acha muito bom, os caras são consideraods fenômenos, cresceram muito. O Bonde da Stronda são dois caras que a gente gosta de estar junto.
De bandas, a gente conversa com todo mundo, fala de boa. Não temos problemas, inimizades com as bandas. Eu vou citar uma banda que a gente gosta. Mas é difícil falar de uma banda porque apesar de a gente conversar com todo mundo, não temos aquela coisa de amizade, atualmente. Não sei porque, não é por nossa culpa não.
Se fosse pensar em uma banda, o Emoponto talvez. Eles são uns caras muito gente boa. A gente falava muito com o Darvin, uma época. Às vezes a gente fica na estrada, não tem contato. Mas, oBonde da Stronda são dois caras que a gente está sempre junto.
Vocês são novos, mas já têm uma boa experiência de shows. Teve algum episódio engraçado que vocês sempre se lembram e gostariam de compartilhar com os fãs?
Já aconteceram várias coisas engraçadas e coisas esquisitas. Como uma vez, que a gente capotou indo para um show, pouca gente sabe disso. Isso aconteceu em 2004. A gente estava indo para um show na região dos Lagos, no Rio de Janeiro, e o carro capotou. Por muita sorte, não aconteceu um desastre.
A gente briga antes de shows. Aí damos a mão na hora do show e a gente se entende. Às vezes as pessoas não sabem o que acontece. Temos que passar uma coisa boa no show. Se a gente tem algum problema, temos que esquecer ele no palco. Pelo menos, tem estresse, coisas engraçadas. A gente tenta levar da melhor maneira possível.
Depois de show, há fatos engraçados também de fãs que desmaiam e caem no chão e ainda acontecem umas coisas assim. Mas, nada bizarro. Ver gente desmaiando, caindo no chão, é estranho.
É uma coisa que vocês nunca imaginaram que poderia acontecer com vocês, certo?
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Galha, Bryan (em cima), Kaká e Diego são Catch Side |
É aquela coisa do The Wonders, o filme. Eu fui ver o filme e hoje eu vejo acontecendo comigo.
Curiosidade: Qual o significado do nome "Catch Side"? De onde veio a idéia?
A idéia não veio de nada. A gente teve que botar um nome na hora. Rolou um show, em um festival, em 2002, e não tinha nome para botar. Numa ligação à noite, para o Diego, guitarrista, tínhamos que ter um nome. Aí falamos: “Catch Side?Catch Side!”. E ficou nisso.
Aí muitas pessoas perguntam: “Por que o nome Catch Side?” Pensamos: “Vamos pensar em um significado para esse nome? Uma coisa que tenha a ver com a nossa letra e o que a gente fala”. É como você tomar o lado certo da vida. Então, a gente chama o Catch Side de um ponto de vista. Se você passar o nome para o português, seria como você tomar o lado certo, pegar o lado certo.
Mande um recado para os fãs do Catch Side .
Queria agradecer a todo mundo e só tenho a agradecer a tudo vem acontecendo para o Catch Side, nesses anos. A gente batalhou pra caramba. Eu lembro até hoje quando a gente botou as letras do Catch Side no Vaga-lume.
“Po, cresceu. A letra estava com mais acesso”. Eu sempre olhei muito o Vaga-lume com essas coisas do Catch Side. Lembro que Eu E Você, que é a música principal sempre estava em primeiro lugar.
Então, eu queria agradecer demais todo mundo, fiquem com Deus e acreditem nos seus sonhos.
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Strike
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Strike volta com o 2º Cd "Hiperativo" |
Quando surgiu nacionalmente, a banda mineira de rock
Strike estourou de cara com a música tema do seriado
Malhação,
Paraíso Proibido.
Depois disso, vieram prêmios reconhecendo o grupo formado por Marcelo Mancini (voz), Cadu (bateria), Fábio Perez (baixo), André Maini (guitarra) e Rodrigo Maciel (guitarra) como a grande revelação do momento.
Mais de dois anos depois do lançamento do álbum de estreia "Desvio de Conduta", o
Strike reapareceu fazendo o mesmo barulho de sempre: primeiro com o single
No Veneno, lançado ainda em 2009.
Porém, o aguardado segundo disco só chegou em 2010. O rock repleto de influências e cheio de energia está lá, em cada faixa. Não é à toa que seu título é "Hiperativo", como explica o próprio vocalista da banda, Marcelo.
Veja nosso bate papo com ele, que ainda falou sobre a pressão que o
Strike lidou antes deste lançamento, os fãs e mais novidades. Não perca!
Entrevista
Marcelo, vocês voltam mais de 2 anos depois de um primeiro disco de grande sucesso. A Strike foi considerada a banda revelação com sua estreia no mercado, levando premios da MTV, Multishow, entre outros. A banda sentiu algum tipo de pressão em realizar um trabalho a altura do primeiro?
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O vocalista Marcelo |
Na verdade, nós tivemos uma cobrança interna. Uma cobrança pessoal, pois vínhamos de um CD muito bem sucedido e fizemos mais de 250 shows. Então, tínhamos um compromisso com nossos fãs de fazer o melhor trabalho possível.
Até abdicamos um pouco desse "timing" do mercado, de ter que lançar um material novo anualmente. Nós mudamos para São Paulo também. Mudamos de produtor para esse novo CD e tudo isso gerou uma cobrança interna, que a medida que as composições foram aparecendo, isso foi amenizando e transformamos em prazer.
"Hiperativo" teve um resultado que a gente gostou muito. Disponibilizamos o material novo na Internet, temporariamente, e o feedback virtual que ele teve foi muito positivo. Ficamos surpresos e de certa forma, sentimos que aquela cobrança foi importante porque mobilizou ações para que pudéssemos fazer o melhor trabalho possível, naquele momento.
E hoje, sentimos que o dever foi cumprido com a resposta dos nossos fãs e pessoas que acompanham a banda. Esse foi o melhor presente que poderíamos ter.
Essa cobrança fez parte até mesmo para um amadurecimento da banda. Com o terceiro trabalho, vamos vir com uma segurança maior e uma bagagem maior também.
"No Veneno", faixa de "Hiperativo", foi lançada bem antes do álbum. Faz tempo que vocês começaram a escrever as músicas do novo disco?
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O baixista Fábio |
Começamos esse trabalho no Rio de Janeiro, movendo uma ação publicitária com uma companhia telefônica, disponibilizando duas canções novas que saíram no Cd, que são No Veneno e Até O Fim. E quando íamos finalizar esse processo, nos mudamos para São Paulo. E essa mudança, até nos estruturarmos, trouxe um atraso para esse disco de alguns meses.
Em meados de 2009, conseguimos finalizar o repertório e ter a segurança de gravar essas músicas. Depois fizemos um trabalho de pré-produção com o Rick (Bonadio, produtor musical), que foi quando testamos todas as possibilidades e revisamos as letras.
No período de gravação, estávamos bem direcionados. Na hora de registrar as músicas, sabíamos bem o que o grupo queria, mas esse processo todo começou mesmo no Rio de Janeiro, no final de 2008. Foi quando começou o "laboratório" do Cd. Tipo, quais eram as fórmulas que a gente queria fazer, buscar algumas levadas diferentes que não tínhamos no primeiro disco e as músicas surgiram assim.
Procuramos dar para cada música uma atmosfera e temática diferentes. Isso traz um tom mais maduro para as faixas.
Qual a origem do nome do novo disco "Hiperativo"?
É um nome que está muito ligado com esse lance da atmofesra em que o disco foi concebido. O momento de mudança, momento de mil projetos ao mesmo tempo: estávamos mudando de escritório, de cidade... estávamos em fase hiperativa.
Esse nome retrata bem a correria, a transpiração que vivemos naquele momento.
As músicas trazem essa carga intensa. O Cd tem essa pegada de hiperatividade.
A banda Strike segue um caminho diferente das outras de sua cena. O tema das letras foge do romântico e segue uma linha de crítica e bom humor. Vocês preferem esse tipo de assunto mesmo ou é algo que escrevem naturalmente?
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O baterista Cadu |
Sentimos a necessidade de ter um diferencial, dentro da nossa coerência. Cada um tem uma proposta de som e procuramos exercer esse diferencial que temos, nas letras e temáticas para realmente dar uma renovada no cenário.
Seria mais fácil, se fizéssemos um Cd só romântico. Talvez pudesse ter uma aceitação popular muito maior, mas optamos ser corentes com nossa proposta e influência que temos.
O rock é um estilo livre. Você pode misturá-lo com todos os segmentos possíveis. Então, procuramos ter essa liberdade, mas essas temáticas pintaram porque somos influenciados por bandas que são assim.
Hoje ficamos felizes se a galera consegue enxergar na gente um diferencial porque o Strike surgiu em uma época em que todas as bandas que surgiram na cena brasileira, de rock nacional, eram jogadas no mesmo lugar - o de ser uma banda emo. E as pessoas tinham preconceito de ir descobrir quais eram as diferenças entre essas bandas.
A medida que nossos singles foram saindo e as pessoas notaram que tínhamos uma influência com um pouco de reggae, outras pegadas em nosso som e até mesmo em nossa linguagem, acho que essa preguiça e preconceito com as bandas novas que pintaram, meio que com a gente não teve.
Apesar da crítica presente em "A tendência", vocês têm algumas bandas amigas da cena citada na letra ou elas são apenas colegas de trabalho?
Divulgação / Luringa |
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O guitarrista André |
Na verdade, A Tendência, é uma letra que quisemos tirar sarro da nossa própria galera. Tiveram bandas que pintaram primeiro, como Fresno, Nx Zero, Strike, Forfun, entre outras.
Hoje no cenário, temos um outro momento, com outras bandas novas, que nem todas conhecemos o som ou gostamos do som. Mas, respeitamos todo mundo. São nossos companheiros de estrada e eles formam um cenário e de certa forma até inovaram, o que é bom para a cena.
Mas, essa música retrata o comportamento de uma juventude. Então acabamos usando as bandas, que são, entre aspas, os seus ícones. Falamos dessa busca desesperada pela fama, de querer tanto ter popularidade na Internet e é algo que achamos até engraçado. De repente, quando aparece uma banda diferente no cenário, outras bandas copiam aquela fórmula e fazem tudo igual. Então tiramos um sarro disso, pois às vezes a galera abandona a própria personalidade, para seguir uma tendência.
A música é um retrato disso, mas não de uma maneira ofensiva. Fizemos uma letra alegre e as pessoas entereram bem.
Alguns fãs de bandas novas, que não entenderam e de certa forma ficaram chateados, sentimos que eles estão enxergando esse grupo que eles gostam em nossa letra. Mas, eu peço que eles desassociem essa imagem de que fizemos a música para uma banda "X" ou "Y", pois isso não aconteceu. A gente não quis julgar ou criticar ninguém, apenas tirar um sarro, de uma forma bem humorada e acho que conseguimos (risos).
Em sua opinião, o que o Strike de "Hiperativo" tem de diferente da banda de "Desvio de Conduta"?
A banda amadureceu bastante. Tivemos uma estrada longa, desde o lançamento do primeiro Cd até agora, fizemos mais de 250 shows.
Amadurecemos muito no sentindo de não complicar muito nos arranjos. Complicamos muito algumas músicas no primeiro disco, pois acho que tem aquela "pilha" de mostar que você toca.
Em "Hiperativo", procuramos respeitar o que cada música pedia, com uma dosagem certa de arranjos. Acertamos alguns andamentos, que no primeiro Cd são muito rápidos e ansiosos. Nesse segundo disco, conseguimos fazer os andamentos certos e as letras também, que de certa forma amadureceram e estão caminhando para um lado muito legal. Acho que no terceiro, se nos dedicarmos, vamos escrever coisas bacanas também.
O núcleo de fãs das bandas hoje tem se reciclado bastante, com muitos adolescentes principalmente. O que você acha desse fenômeno que acontece com o grupo de seguidores do Strike também?
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O guitarrista Rodrigo |
Eu atribuo isso bastante ao fato da popularização da Internet. Ela é um meio de comunicação instantâneo, onde as pessoas digerem as informações com a mesma rapidez, que elas já querem novas informações. Então, com a Internet, você lança um trabalho agora, atual, mas daqui a pouco ele já pode ficar ultrapassado.
Isso gera uma responsabilidade nos artistas, de uma forma geral, de estarem se renovando e reinventando a todo momento. No próximo Cd, talvez a gente não queira perder tanto tempo quanto perdeu nesse. Por outro lado, você sabe dizer que quem é fã, é fã. Independente da demora de lançar um disco. Esses são pontos positivos que descobrimos da nossa base fiel de fãs.
Realmente, essa reciclagem acontece e o nosso público vai se renovando a todo momento, mas conseguimos manter essa base fiel de pessoas que curtem o Strike e estão sempre atrás de novas informações sobre a banda.
Conversamos com o Lucas da banda Fresno, que recentemente lançou um projeto solo. Existe no Strike algum projeto paralelo de seus integrantes, que de repente os fãs ainda não tenham conhecimento?
Não temos projetos paralelos. Mas, eu descobri uma rapaziada de São Paulo, chamada Julgados Culpados (https://www.myspace.com/julgadosoficial). É um grupo que tem reggae, hip hop e contam com um Dj. Fazem um trabalho muito legal, vendendo os seus próprios Cd's nos ônibus, metrô e na rua. Eles venderam milhares de cópias do seu trabalho.
E através desse trabalho, eu conheci o Dom Lampa, que é um MC fantástico, para mim o melhor cantor de ragga no Brasil. Ele tem uma voz sensacional.
Eu estou desenvolvendo um projeto com eles, mas ainda não começamos. Estamos ainda nas ideias e já temos algumas bases. É um som meio reggae, meio drum and bass, com a influênica de várias coisas legais. Mas, ainda não demos um "start" no projeto. Eu penso em fazê-lo virtual, para a Internet mesmo.
Mande um recado para os fãs do Strike !
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O grupo mineiro Strike |
Eu queria agradecer, em primeiro lugar, a galera do Vaga-lume, um site totalmente ligado com a música e a cultura. Como eu sou letrista, me sinto prestigiado em ter um site como o de vocês dando esse suporte para nós, que estamos na estrada, compondo e fazendo as músicas.
E eu quero mandar um alô para os fãs, para não deixarem de pesquisar as letras no Vaga-lume porque é uma honra quando ficamos sabendo que nossas músicas estão sendo bem acessadas e isso é um incentivo para eu continuar escrevendo letras que vocês curtam bastante.
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hori
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"Só Você" é um dos sucessos da banda |
Hoje sucesso em todo o país, os meninos da banda
Hóri já suaram muito para chegar onde estão, diferente do que muitas pessoas pensam.
O fato de o vocalista Fiuk ser filho de
Fábio Jr, pode ter ajudado a banda, mas nem tanto assim. "O preconceito também existia por parte das bandas que pensavam que nosso caminho seria mais fácil por termos um "padrinho" famoso. Que no final, também não contou muito", conta o baterista Xande.
E depois da desconfiança enfrentada, a
Hóriconseguiu trilhar seu caminho e hoje ser uma das bandas nacionais de Pop/Rock mais populares do país.
Confira a seguir um pouco sobre a história do grupo, suas conquistas e expectativas.
Entrevista
Vocês hoje são sucesso em quase todo o país. Mas, no início de carreira chegaram a enfrentar preconceito ou desconfiança por vocês serem a banda do "filho do Fábio Jr."?
Banda Hori: Eu [Xande] estou na banda desde o início. Sentia nesse começo mais cobrança do que preconceito ou desconfiança.
Antes da banda fazer um show grande ou estar em evidência, a mídia já estava em cima do Fábio Jr. e do Fiuk para comprovar se tínhamos futuro ou não.
Isso atrapalhou um pouco, mas ficamos firmes e estamos, só agora, depois de cinco anos, aparecendo pelos nossos méritos.
O preconceito também existia por parte das bandas que pensavam que nosso caminho seria mais fácil por termos um "padrinho" famoso. Que no final, também não contou muito.
E agora com toda essa exposição, participação em programas de rádio, TV e Internet, vocês se sentem muito diferentes da banda que era no começo?
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O vocalista Fiuk |
BH: Não muito. As músicas são as mesmas, a equipe é a mesma, o jeito de tocar é o mesmo, só o público que aumentou, e isso sim faz uma grande diferença na nossa dedicação e na nossa responsabilidade com todas essas pessoas.
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E com o trabalho de Fiuk na televisão (o cantor é também ator na série Malhação ID, da Tv Globo), como é o dia a dia da banda? Sobra tempo para vocês ensaiarem e comporem?
BH: Sim. As composições estão no mesmo processo, cada um compondo na sua casa e colocando as idéias no e-mail da banda.
Agora o ensaio que mudou bem! (risos). Na semana ensaiamos sem o Fiuk e no fim de semana com ele, se não tiver show. Como estamos com muitos shows, o ensaio acontece no hotel mesmo (risos).
Já que tocamos no assunto Malhação, vale uma pergunta: por ter mais de uma canção na trilha da série, vocês têm receio de a banda ter sua imagem ligada demasiadamente com o programa e se tornar mais uma "banda da Malhação"?
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O baterista Xande |
BH: A Hóri é bem diferente das outras bandas da trilha sonora de Malhação. Nós já temos uma história antes de entrarmos na novela, um disco lançado, e isso veio acrescentar na história da banda.
Agora, se isso acontecer, seria uma honra, pois sempre fomos fãs de Malhação. Não nos preocupamos muito com esses rótulos.
Vamos falar de suas composições. Qual canção é a canção da Hóri preferida entre os integrantes neste exato momento e por que?
BH: Puxa vida, acho que cada um tem a sua. Eu (Xande) gosto demais da Circus.
Ela tem uma vibe diferente, uma batida legal e uma letra que é uma declaração de amor à música.
Mas, falando em nome da banda, nossa música preferida é a 23 De Novembro. O Fê Campos foi quem compôs esse som. Ele fez para uma garota, mas hoje, nós dedicamos a todas as nossas fãs: "Nós vamos estar juntos mesmo quando não estamos perto!".
O primeiro disco teve a produção do veterano Rodrigo Castanho. Depois desta experiência no estúdio, o que vocês aprenderam?
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O guitarrista Renan |
BH: Nossa, muita coisa. Pra começar, foi uma honra sermos produzidos pelo Rodrigo, um profissional consagrado e que é o nosso ídolo.
Aprendemos coisas que nem passavam pelas nossas cabeças como compor pensando na música como uma obra de arte, a disciplina que se deve ter para gravar um disco e a importância de colocar a alma naquilo que está fazendo. Engraçado, como podemos perceber isso tudo ao ouvir o disco.
O cenário de novas bandas tem se fortalecido cada vez mais, especialmente em 2009. Vocês têm bandas que consideram amigas e de repente os fãs não sabem?
BH: Temos muitas bandas amigas, bandas que cresceram com a gente nesta cena independente. Uma bem próxima é a Restart. Estamos sempre nos falando e trocando idéias!
Para quem ainda não conhece a Hóri, como vocês definiriam a banda e sua sonoridade?
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O guitarrista Max |
BH: A Hóri é uma banda de Pop Rock. Tocamos Rock do jeito que gostamos, sem uma previsão ou receita, fazemos o que achamos legal.
Por essa razão acaba ficando em algum momento mais romântico, em outro mais pesado, em outro mais swingado, etc... A banda tem a cara de cada integrante estampada nesse mix que é Hóri.
Qual foi o momento mais marcante da carreira de vocês até o momento?
BH: Cada show que fazemos, acaba sendo inesquecível. Ainda não caiu nossa ficha para a repercussão da nossa banda, cada dia é uma surpresa, isso está sendo demais!
Mas, um momento muito marcante foi no programa da Xuxa. Ela curtiu demais a banda. Íamos tocar apenas uma única musica, mas ela pediu mais duas.
Para uma pessoa que já viu tantas bandas excepcionais, o reconhecimento foi um prêmio para nós.
Vocês têm algum sonho, um objetivo que a banda pretende atingir?
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O baixista Fê |
BH: Nosso sonho é que nossas mensagens de amor e de coisas boas atinjam o maior numero de pessoas e que elas se sintam melhores de alguma forma, e que nós possamos corresponder todo esse carinho que os fãs estão dando, com alegria e com boas canções.
Deixem um recado para os fãs da Hóri !
E pra galera, contem sempre com a gente no que for, e contamos com vocês sempre. Amamos vocês.
Pra quem não conhece a banda acesse www.bandahori.com.br e beijão para todo mundo!
Ah, nos vemos nos shows hein!
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restart
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Restart tem muitos fãs na Internet |
ouco mais de um ano atrás, Pe Lu, Pe Lanza, Koba e Thomas eram garotos de colegial que começavam uma banda, assim como muitos meninos de sua idade fazem. Mas, eles tinham algo de especial. Determinados e com muita criatividade, os quatro começaram a ganhar destaque pela música, pelo visual e pela simpatia com seu grupo de fãs que foi aumentando, cada vez mais e mais...
Hoje, os meninos têm um número de fãs incontável e começam a firmar seu lugar em grandes meios, com músicas em rádios e clipe nos canais de Tv.
Ficou curioso para saber mais sobre a banda
Restart? Conversamos com o vocalista e guitarrista Pe Lu, que contou pra gente tudo o que aconteceu e está acontecendo com a banda.
Temos aqui histórias divertidas sobre a amizade dos integrantes da banda, suas fãs e sua música!
Entrevista
Pe Lu, vocês montaram a banda pouco mais de um ano atrás. Agora lançarão seu primeiro disco e o número de fãs cresce a cada dia. Vocês conversam entre si sobre isso? A ficha caiu?
A banda tem um ano e poucos meses. Um ano atrás, eu estava me formando no colégio, os meninos estavam indo para o terceiro ano, que é aquele ano decisivo e eu estudando para o vestibular, como um louco. Tava todo mundo naquela fase: o que vamos fazer da vida?
E a gente sempre tocou. E nós estávamos com uma outra banda, que não tava muito legal e então a gente se juntou e pensamos: “Em vez de tentar uma “facul” agora, se jogar em um ano de estudo para o vestibular, vamos investir em uma banda? Vamos!”
Então, desde o começo, nós olhamos para a Restart como algo profissional mesmo. Como todo mundo tirava uma, falando “o que esses moleques querem com banda?”, nós sempre encaramos aRestart como trampo, trabalho.
Então, um ano depois, as coisas aconteceram muito mais rápido do que a gente esperava. Música na rádio, estamos com clipe na Tv,conseguimos assinar com um escritório super legal e vamos lançar um CD.
Nós tentamos evitar pensar nessas coisas que estão acontecendo, encaramos assim: “vamos continuar trabalhando. Agora que a música entrou na rádio, o próximo passo é fazer ela ser o primeiro lugar. Ficou em primeiro lugar? Vamos agora levá-la ao primeiro lugar no interior. Gravamos um clipe bacana? Então vamos lançar um Cd legal, com boas músicas”.
Nós já estamos pensando no próximo CD, sabe? Nós tentamos não pensar nisso de “olha que louco, tudo em um ano. Nós somos demais. Os shows estão cada vez mais cheios”. Até para não subir à cabeça.
Tá tudo rolando muito legal agora, mas música, e quem vive de arte sabe, são subidas e descidas, o tempo todo. Hoje você está no Top e pára de trabalhar e acha que tudo está lindo. Amanhã “já era”.
Nós damos o máximo de atenção que a gente consegue, para todo mundo. E isso desde sempre e acho que foi o que fez as coisas acontecerem muito rápido. Nós sempre mantivemos esse contato direto com as pessoas.
A gente até atende por telefone. As meninas descobrem nosso telefone, atendemos e dizemos que somos nós mesmos.
Tá tudo rolando muito bem, mas pé no chão, que tem muita coisa pela frente ainda.
E antes do Restart, vocês já eram amigos? Tinham outras bandas?
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Amizade dos integrantes vem da infância |
Nos conhecemos há uns 8 anos, pelo menos, de colégio, pois estudávamos todos juntos. E depois de um tempo o Thomas mudou de colégio, mesmo assim a gente continuou se falando. E sempre tivemos essa relação por causa de bandas. Sempre gostamos de tocar e acabamos tocando em outras bandas juntos.
A música sempre uniu a gente, desde pequenos. O Pe Lanza e o Koba começaram a se falar porque gostavam de Guns ‘N Roses, eram muito fãs e começaram a tirar umas músicas juntos.
Aí anos depois, nós quatro ficamos muito amigos e começamos a levar violão para o colégio e fazíamos rodinha e tal.
Sempre fomos muito amigos e nunca perdemos esse contato, durante muito tempo. Então é uma família, praticamente. Agora, eu vejo mais eles do que meus pais. Convivemos 24 horas por dia, ainda mais com a divulgação do CD.
Então, nós quatro somos os melhores amigos um dos outros.
A média de idade da banda é menor que 18 anos. Vocês têm outros planos na cabeça além da música, como faculdade, por exemplo?
Nós temos a banda como uma opção de investimento. Eu tenho amigos, que em vez de fazer uma faculdade, foram fazer um intercâmbio, que estão no pique de estudar fora, aprender uma língua nova em um, dois anos e voltar para conseguir um emprego ou fazer uma faculdade.
A banda é como se fosse uma opção a mais. Não é todo mundo que pode fazer isso. Então, acho que agora, não temos pensando em nada além disso.
Eu até comecei uma faculdade esse ano (de produção musical), mas eu tranquei porque não dá tempo mesmo. Não é nem por falta de vontade.
Eu tenho muita vontade de voltar a fazer uma faculdade e os moleques estão se formando esse ano, também têm vontade. Mas agora, nós não estamos com tempo, nem cabeça pra pensar. A gente tá 100% focado na banda. Não fazemos mais nada. Quando eu falo nada, é nada mesmo além de banda (risos).
E quando montaram a banda, qual era a principal inspiração musical de vocês. Alguma banda em especial?
Tem gente que até não acredita, devido a nossa idade. Eu e o Koba estudamos quatro anos em conservatório. A gente tocava MPB, jazz e samba. O Pe e o Thomas sempre foram autodidatas, mas eles curtiam ouvir muito Guns ‘N Roses, Led Zeppelin, coisas mais clássicas.
Quando a gente formou a Restart estávamos muito ligados em bandas de Myspace. Os gringos têm uma cena independente muito forte. Um monte de banda, que são gigantes, fazem turnês pelo país todo e chegam a tocar na Europa e Japão e que às vezes não chegam ao Brasil porque não tem o apoio de uma grande gravadora, então eles se viram sozinhos mesmo.
São bandas como o All Time Low, The Maine, Cobra Starship, que é uma banda que está chegando cada vez mais aqui no Brasil e tocando na rádio. E são nomes como esses que na época estávamos ouvindo muito e acho que influenciaram diretamente mais nas composições.
Quem compõe a maioria das músicas somos eu e o Koba. Eu costumo escrever a letra e o Koba chega com uma batida.
Mas falar que só essas bandas são influências fica pequeno demais porque a gente ouve de tudo. Então, até hoje eu curto ouvir MPB, Rock, como Jimi Hendrix. Eu piro nisso e os moleques também.
Eu acho que tudo vira influência porque você pega o violão e vai reproduzir tudo aquilo que tem escutado e o que tem de bagagem musical.
A Restart é uma mistura de tudo isso que a gente ouve desde os nove, dez anos de idade. ARestart é o resultado dessas nossas experiências com bandas, de nosso estudo e interesse em conhecer sons novos. Então é uma “mistureba” na real.
Fale um pouco do visual da banda. Vocês dão bastante importância para isso. De onde veio a inspiração para o colorido nas roupas?
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O colorido é uma marca forte da banda |
A influência dos gringos também tem muito no visual. As bandas de fora se vestem muito bem há muito tempo. Elas sempre conseguem mesclar um som bacana e um visual legal e acho que a gente acoplou isso à Restart.
As nossas músicas são pra cima e queríamos juntar isso ao visual também.
E para mim, show tem que ser espetáculo. Independente de quanto você tem de dinheiro e pode investir. Não adianta você chegar lá e o show ser legal. Quando a pessoa vai a um show, tem que ter um cenário legal, o cara tem que ter uma roupa legal, tem que ter um instrumento legal.
Nós sempre consideramos o visual, tanto para foto quanto show e site, muito importante. Você acaba influenciando as pessoas não só com o som, mas com a imagem que elas têm de você.
E o lance do colorido, a gente quis juntar pelo fato de o nosso som ser feliz. Então quando você vai ao show, as músicas são muito alegres e aí olha para o palco e vê um amplificador listrado, coloridão. Você olha para o menino que está cantando e ele está usando uma calça verde-limão, com uma camiseta roxa! E meio que mescla tudo.
E aí, a gente começou a ver em shows, que os moleques também estavam curtindo, usando calças coloridas e as meninas achando demais. Então pensamos: “Vamos firmar isso. O lance do visual, do colorido”.
Vocês ouvem o pessoal fazer comparações entre vocês e o Cine? Concordam?
A gente ouvia mais. Porque a Cine e a Restart saíram do mesmo lugar. Os moleques também são aqui de São Paulo. Todo mundo começou tocando na Tribe House, um lugar onde a gente toca lá, aCine toca lá também. É a nossa casa.
A diferença é que a Cine tem dois anos a mais que a gente de banda. Não sei se é um ou dois anos. Então, quando eles surgiram primeiro na mídia, a gente já existia, só que não tinha CD.
Quando a gente apareceu, a primeira coisa que a galera falou foi: “Putz, os caras são iguais”. Por que? Porque é novo. Mas, se você for olhar para a Cine agora, eles já não estão mais tanto nessa parada do colorido.
O Cine tem umas batidas mais “dance”, uma influência muito maior da música eletrônica do que a gente e visualmente não tem muito essa pegada coloridona, muito chamativa. Eles se vestem muito bem, também tem a influência visual dos gringos, mas eu acho que é outra vertente.
Mas isso acontece com todo mundo, assim quando apareceu o Nx Zero e depois o Fresno, todo mundo falou que era a mesma coisa.
Porém, as semelhanças entre as bandas, acho que a galera vai percebendo com o tempo, que são coisas diferentes. Ainda rola de o pessoal jogar tudo no mesmo saco, mas quem faz isso é a galera do preconceito.
Acho que com o tempo isso vai sumindo. O Cine é o Cine, o Restart é o Restart. Cada um está fazendo o seu trabalho.
Vocês gravaram o primeiro CD pela Maynard Music. Das 10 faixas do disco, qual é a mais especial para você e por que?
Difícil falar hein? (risos). Dessas dez músicas, eu só não compus uma. Quando definimos o repertório, tínhamos 20 músicas, que eu tinha composto com o Koba e tal. Imagina, limpar dez músicas?
Escolhemos as dez que gostávamos muito. Mas, falar só uma? Bem, eu gosto muito de Recomeçar, que é essa que está tocando e a que tem mais a cara da banda, mais nossa pegada e força. Eu gosto de ouvi-la, desde a primeira vez que a gente tocou.
Mas, eu também gosto muito de Amanhecer No Teu Olhar, que é uma baladinha e a galera gosta muito. E porque também tem toda uma representação pra mim e é uma música velha e representou muito uma fase da minha vida.
Levo Comigo, que também é uma outra balada, que também representa uma grande parte da minha vida, uma história que eu tive.
Final Feliz, que tem o refrão que o Koba fez, também há muito tempo.
Falar uma música só, eu vou me sentir mal (risos).
Como vocês lidam com a histeria das fãs? Já sairam machucados alguma vez?
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Relacionamento com as fãs é valorizado pela Restart |
A histeria das nossas fãs é demais! O nosso tipo de fã, não é um tipo de fã normal. É aquele fã longe de comparações, por favor.
São meninas que vão para fila às seis da manhã e quando elas encontram a gente, ficam sem palavras. Quando vê você, começa a chorar.
E é aquela fã que faz a coisa acontecer. Ela não ouve a Restart e guarda para ela. Ela até gostaria, pois morre de ciúmes, mas ela precisa gritar e mostrar, criar um fotolog, andar com a camiseta e falar para mãe dela e pro pai, tia... então, é um amor meio louco.
Eu tenho uma história. Uma vez eu fui ao shopping, na Avenida Paulista (São Paulo). Já faz um tempo isso, vai fazer uns seis meses, acho. Imagina, a banda não tinha nem a metade do tamanho que tem agora.
E tava rolando alguma coisa na rádio 89 Fm, alguma promoção da rádio. Então, tinha umas 300 pessoas na porta da rádio. E eu nem liguei, nem tinha noção de nada disso. E eu estava no shopping com um amigo e umas meninas viram. Vieram conversar, tirar foto... umas dez meninas. Tiraram foto, dei autógrafo e elas foram embora.
No que eu entrei no shopping, começou a correr gente. Entrei em choque. Eu estava parado, eu e meu amigo, e as 300 meninas que estavam na porta da rádio e não tinham conseguido entrar, foram para o shopping.
E foi aquela histeria. Os seguranças do shopping rindo (risos), a galera das lojas “rachando o bico” e eu sozinho. Só sei que começou a tomar uma proporção de gente, que meu amigo me abraçou e disse: “Gente, deixa ele ir, pois precisa ir embora”. Senão eu não ia conseguir sair de lá.
E a galera não saía. Então meu amigo me abraçou e disse “vamos embora” e começou a empurrar a galera. Ele disse “vamos correndo” e então me puxou. No que ele me puxou para correr, estávamos em um corredor. No que ele começou a correr, as 300 pessoas começaram a correr.
Você não faz idéia! Isso é perigoso até. O estande da Chilli Beans (loja de óculos) quase foi para o chão. Derrubaram placas do shopping!
Eu saí sangrando. Uma menina tentou me segurar pelo rosto com a unha. Fiquei com uma marca de quatro unhas em minha bochecha e a galera ainda tentou tirar minha cueca. Acho que essa foi a vez mais assustadora (risos).
E tem uma história com vocês quatro?
Uma vez, fomos fazer o pit stop da rádio Metropolitana, em São Miguel Paulista (São Paulo). E foi nosso primeiro evento de rua com eles.
A gente chegou na praça do evento, tinham 2 mil pessoas lá. Entramos em choque. A galera invadindo a van em que estávamos. Subindo em cima da van, arrancando adesivo, batendo no vidro.
Tinham seis seguranças e o pessoal da rádio entrou em choque. Tivemos que sair. Saímos e no que voltamos, a polícia havia interditado a praça, com o Corpo de Bombeiros.
Falaram que se a gente voltasse, seríamos presos e a banda iria levar um processo (risos).
Na real, todo lugar que a gente vai, tem acontecido isso. Outro dia fomos gravar no programa Pânico da Rádio Jovem Pan e anunciamos umas três vezes em nosso Fotolog que horas iríamos para lá.
Interditaram o prédio! Tinha tipo, 300 pessoas de um lado do prédio e 300 do outro!
Então tudo, graças a Deus, tem sido frenético. A gente fica com medo às vezes, mas isso é demais.
Diga para a gente qual é o passatempo predileto da banda, quando não está em cima do palco ou em estúdio tocando.
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Pe Lanza, Pe Lu, Thomas e Koba formam a Restart |
Nós temos aproveitado nosso tempo livre para ficar com as pessoas que a gente gosta, acho que nós quatro. Ficamos com amigos e família porque a correria tá muito grande.
Nosso passatempo tem sido ficar tranqüilo, aproveitar para ficar a nossa família. Então aproveitamos o tempo livre para descansar, pois nossas vidas têm sido uma balada (risos).
Eu posso citar alguns hobbies: O Koba gosta de tocar, ele toca o tempo todo violão, fica ouvindo coisas novas. Nós gostamos muito de jogar videogame. O Pe e eu gostamos de jogar muito, ficamos horas jogando. O Thomas andava de skate, agora não muito.
Deixe um recado para os fãs da banda!
Queria primeiro agradecer muito quem acompanha a banda desde sempre e que agora está cada vez mais com a gente. E parece clichê, mas de verdade, sem vocês a gente não é nada. Sem vocês, nada acontece.
A Restart são vocês, nós amamos vocês!
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Cine
Eles começaram há pouco mais de cinco anos, quando ainda iam a shows no Hangar 110, em São Paulo, e sonhavam em subir no palco onde suas bandas preferidas tocavam. Hoje, os integrantes da banda Cine conseguiram superar o sonho de quando começaram tudo e mais: conquistaram seu espaço com sonoridade e estilo próprios.
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Dan, Dave, DH, Dash e Bruno formam a banda Cine |
As influências são diversas, mas a principal não está apenas no som. Está também no visual. O colorido dos anos 80 e o bordão "Dance, não se canse" são as marcas registradas do
Cine, que vem atraindo cada vez mais uma legião maior de fãs.
Não é à toa que a banda já foi escalada para abrir os shows dos fênomenos "teen"
Jonas Brothers e
McFly, no Brasil. Recentemente, o grupo também ganhou uma indicação a revelação do Prêmio Multishow. E não bastasse isso tudo, 2009 ficou ainda mais especial para Dh (vocal), Bruno (baixo), Dan (guitarra), Dave (batera) e Dash (DJ), com o lançamento de "Flashback", primeiro disco de estúdio da banda.
Conversamos com o vocalista do
Cine, que falou sobre o começo deles, as influências e os planos do grupo daqui pra frente. Com muito bom humor, DH respondeu às nossas perguntas e revelou algumas curiosidades. Confira:
Entrevista
Como e quando vocês iniciaram a banda?
A gente se conheceu no colégio, eu e o Dan (guitarrista) e queríamos tocar em um festival em nosso colégio. Depois disso, conhecemos o Dave (baterista) e o Bruno (baixista), formando assim a banda, que se chamava então Without Shoes, em 2004.
Só que não deu certo e, em 2007, com os mesmos integrantes formamos o Cine com uma proposta mais dançante, com influências oitentista, noventista. E depois disso, o Dash (Dj) entrou.
Hoje, fica visível na sonoridade de vocês a influência do Pop oitentista. Porém, como vocês mesmos afirmaram em entrevistas anteriores, a vontade de formar uma banda veio dos shows de punk e hardcore melódico. Foi difícil pra você escrever músicas com essa mistura de sonoridades?
Na verdade, nem foi tão complicado, assim como se imagina. Eu lembro de ir para o colégio com o meu pai e ele ouvindo rádios, com umas baladas anos 80, com bandas como Simple Minds e A-Ha. Então, eu já tinha essa influência.
O visual de vocês é marcante, não apenas pelo estilo, mas pela diversidade das cores. Vocês consideram o visual um detalhe muito importante para o Cine?
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DH, vocalista da banda Cine |
Quando a gente começou com o Cine, já tivemos a idéia de ter esse visual um pouco mais pra cima, como o Blink 182, na fase do disco Enema Of The State, quando usavam roupas assim.
Outras bandas influenciaram também, como o Cobra Starship, que usavam faixas na cabeça e a gente achava isso legal. Começamos a usar aos poucos os acessórios e acabou que o nosso público começou a usar isso também e ir aos shows usando essas roupas características, começou uma ceninha em volta disso, sabe. E outras bandas também começaram a ter esse visual. A gente foi meio que precursor. De início a galera achava meio estranho, pensavam: "Que isso, o que eles estão tentando fazer?" Mas depois foram entendendo a proposta e acabaram gostando.
Vocês fazem questão de se distanciar do rótulo "emo", aceitando até melhor, com bom humor, a definição "boy band". Então, contem para a gente quais são as vantagens em ser uma "boy band", na opinião de vocês.
A gente brinca com isso sabe, porque nos nossos shows tem 95 por cento de meninas. E elas que foram brincando e criando esse rótulo. Depois demos uma escrachada, dizendo que preferíamos ser uma boy band porque todos os caras são bonitinhos, cantam bem e tá cheio de mulher atrás deles. (risos)
E vocês nunca tiveram atração pela cena "emo"?
A gente tinha uma banda que tocava nessa cena, que era o Without Shoes. Só que a gente tinha a pegada mais rápida, não melódico que caia mais para o "emo".
Mas, o Cine nunca teve a intenção de seguir para o "emo" e sempre teve uma proposta mais pra cima e visual colorido, "vamos pra balada, curtir", sabe?
As letras do Cine vão no caminho contrário da maior parte das novas bandas de hoje. São "pra cima" e com bom humor. Você acredita que ainda veremos um lado mais obscuro do Cine mais pra frente?
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Cine é uma das revelações do ano |
Por enquanto a gente vai continuar com a nossa linha mesmo. No começo, a gente exagerava até mais no colorido. Hoje mantemos o mesmo estilo, em um tênis, um boné, mas a gente tenta não exagerar tanto como exagerava porque nunca tratamos isso como um uniforme, sabe?
Hoje tem banda que tenta ser mais colorida que todo mundo, virou meio que uma briga. E a gente quer meio que sair disso. Porque imaginamos que pode rolar de repente um preconceito enorme em cima.
Eu acredito que o Cine, com o amadurecimento da banda, vai criar músicas mais sérias. Não tínhamos uma música triste, mas com o lançamento do disco temos uma e é até engraçado porque o nome dela éAs Cores. É uma música bem pra baixo, que conta a história de uma pessoa que morreu. A música não tem nada a ver com o Cine, mas a gente fez e a galera gostou bastante.
O pessoal quer até entender a letra, pois há um enigma nela e ficam criando teorias para adivinhar a história. As Cores já tem esse amadurecimento.
DH, você diz que "As Cores" é diferente das outras músicas da banda. Ela por um acaso foi uma das últimas músicas a ser gravada no disco "Flashback"?
Ela foi a última a ser criada. Tínhados 12 músicas para o nosso disco e a gente tem a superstição com o número 13, sabe?
A gente queria lançar 13 músicas e já tínhamos uma idéia de As Cores, mas achávamos ela muito diferente e pensávamos "será que a gente faz ela?". Então, entramos no estúdio, ficamos mais uma semana e a gravamos.
Ainda sobre suas letras, quais delas tiveram o resultado final que mais agradou você?
Existem letras que eu escrevo, leio e gosto, mas depois penso "poderia ser diferente". Então, acredito que nenhuma me agradou por completo. Mas a música que eu mais gosto desse disco éChamada Perdida porque a letra dela é bem significante pra mim. Acho uma música bem forte, letra e melodia.
"Dance e não se canse" virou um bordão do Cine. Qual o significado dele? Trata-se de um recado para alguém ou houve alguma fonte inspiradora?
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"Garota Radical" é a música de trabalho da banda |
A gente tinha a intenção de começar com o Cine e mostrar pra galera quem a gente é. Então, a primeira música que a gente tocou foi essa, Dance E Não Se Canse, pra mostrar para todos sobre o que era a banda.
Vendo o pessoal "emo", com aquelas mensagens tristes no MSN, queríamos fazer essa galera ter uns momentos bons, curtir e dançar, para lembrar disso quando for mais velho.
Em uma entrevista, vocês falaram que o sonho da banda quando iniciaram era tocar para um Hangar 110 (casa de shows de São Paulo) lotado. E agora que vocês já chegaram a esse degrau, qual seria o próximo sonho da banda?
A gente antes estava no circuito "underground" e queríamos tocar no Hangar. Quando toquei no Hangar, aí queria tocar na Via Funchal. Quando estava na Via Funchal, queria estar no Morumbi. E então, acabou rolando tudo isso pra gente, sem limites. A gente já tocou pra 45 mil pessoas e a gente é muito grato porque sabemos que não é qualquer banda que vai tocar para esse público.
Quando tocamos com o Jonas Brothers, o manager (empresário) deles assistiu nosso show do palco e disse que nosso som era muito bom, que a nossa presença era diferente e lá fora não tinha isso, essa "suingada" brasileira com pop/rock.
Acabamos abrindo os shows das maiores bandas "teen" do momento, que são o McFly e o Jonas Brothers.
A gente agora brinca, sonha em ganhar prêmios. Participar de programas mesmo, como o "Faustão" e além disso, nós todos temos um sonho de tocar não só no Brasil, sabe. Tocar na América do Sul, em outros países também.
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Stevens
Eles são jovens, mas aos poucos vão conquistando seu espaço. A banda Stevens apareceu no festival estudantil FICO, no ano de 2007. Na ocasião, Adam, Ricco, Keko e Luca ganharam o prêmio de melhor banda com a canção O Que Você Sempre Quis. Este foi o primeiro e firme passo da banda para estabelecer sua carreira.
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O quarteto Stevens |
Vivendo a saída do colégio para a faculdade, esses quatro garotos têm planos ambiciosos e já vivem seu próprio sonho. O primeiro disco está em fase de finalização e teve a produção do experiente André Jung, ex-
Ira!.
E é com a mesma despretensão de quem escolheu um nome por acaso (
Stevens foi uma sugestão de Ricco aceita pela banda por soar bem), que o grupo vai juntando cada vez mais fãs, show pós show. O Vaga-lume conversou com os integrantes do
Stevens, que falaram das experiências de estúdio e palco, suas influências e muito mais.
Entrevista
Para quem não conhece ainda a banda Stevens, expliquem como vocês se juntaram e formaram a banda?
Ricco: O Stevens se formou depois que eu e o Adam nos conhecemos e decidimos montar uma banda.
Eu fui passar um final de semana na casa do Adam, a convite do seu irmão, pois somos grandes amigos. Nesse dia nos conhecemos e vimos que gostávamos das mesmas coisas, principalmente das mesmas bandas. Comentei com ele que meu irmão caçula, o Luca, tocava bateria e que tinha um amigo de infância que tocava baixo, o Keko.
Logo decidimos marcar um ensaio, nós quatro, para ver se daria certo e nunca mais paramos.
Vocês escreveram todas as músicas do repertório da banda? Como é o processo de composição na Stevens?
Adam: Iremos lançar nosso primeiro álbum em breve. São todas a músicas escritas por nós, tendo duas delas participação do nosso produtor do disco, o ex-baterista do Ira!, André Jung .
Eu e o Ricco normalmente escrevemos algumas coisas em casa e depois mostramos um para o outro e terminamos, ou muitas vezes fazemos elas do começo ao fim juntos. É um jeito que vem dando bastante certo, pois temos tido várias ideias de letras e melodias. Logo, levamos as músicas para o estúdio e fazemos os arranjos com toda a banda.
Quais são as bandas preferidas e influências dos componentes da Stevens?
Luca: Uma das coisas que nos favorece desde o começo é termos as mesmas bandas como influências. Sempre escutamos sons mais antigos como The Beatles, Queen, The Who, U2 e mais atuais como Oasis, Maroon 5, The Killers, John Mayer, Jet, Jota Quest e Skank. Isso é o que a gente realmente gosta.
A música "Parecia Estar" tem obtido uma boa resposta nas rádios e também conta com um clipe. Qual é a história dessa música e qual foi a inspiração para escrever a letra?
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A banda Stevens |
Adam: Parecia Estar foi uma das últimas músicas a entrar no disco, já que ela foi composta quase uma semana antes de decidirmos o repertório do primeiro álbum. É uma música inspirada num "quase" final de namoro, tendo um ar romântico, com uma levada anos 60.
O resultado dessa música em estúdio nos agradou muito, sendo a escolhida para ser o nosso primeiro single.
O que voces podem falar sobre o primeiro CD de vocês? Afinal de contas, os fãs já estão ansiosos para comprá-lo. Ele já tem data de lançamento confirmada?
Ricco: Felizmente, nós tivemos muita liberdade na criação desse primeiro disco, desde as composições até as últimas gravações de voz. Isso torna esse trabalho muito sincero, mostrando o que somos e o estilo de música que gostamos.
Nosso produtor, o André Jung, soube muito bem entender o que queríamos e o que estávamos dispostos a fazer, sendo assim muito importante no processo do disco e nos ensinando muito, já que éramos um pouco inexperientes em estúdio.
Esperamos que nosso fãs possam enxergar todo nosso esforço e comprometimento e gostem de todas as músicas, pois nós realmente acreditamos em todas elas. O disco está previsto para ser lançado em breve. Estamos bastante ansiosos, tanto quanto nosso fãs. (risos)
Falando no CD de vocês, como classificam a experiência de gravar o primeiro álbum de estúdio?
Ricco: É um sonho para qualquer banda entrar em um estúdio profissional e gravar um disco, ainda mais ao lado de um grande ícone do rock como o André Jung. Essa experiência foi inesquecível e nos ensinou coisas que demoraríamos muitos anos para aprender.
Esperamos ter outras oportunidades como essa, pois poder trabalhar timbres de guitarras e baixo, experimentar sons de teclados diferentes, bateria e ir vendo a música ser criada é muito empolgante e divertido para nós.
Vamos mudar de ambiente, do estúdio para os palcos. Qual foi o show mais marcante na carreira de vocês?
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O Stevens emplacou a música "Parecia Estar" |
Keko: Cada show tem algo de especial, porém o que mais marcou até agora foi o show em que dividimos o palco com oJota Quest, em São Paulo, no mês de abril desse ano. Chegamos no local e dentro do camarim pudemos ouvir muitos fãs gritando o nome da banda, e era uma quantidade de fãs nossos que não estávamos acostumados.
Subimos no palco e todos nos acompanharam cantando todas as nossas músicas. Tinha momentos que nem podíamos ouvir nossas vozes. Quando descemos o Rogério (vocalista do Jota Quest) nos elogiou no meio do show deles. Ainda fomos convidados pelos integrantes do Jota pra ir para seu camarim quando a apresentação deles acabou. Grande show.
Por serem muito novos, vocês ainda pensam em seguir uma carreira sem ser a de músico?
Adam: Todos nós ainda estudamos e não pretendemos parar de estudar. O Ricco cursa Economia e o Keko engenharia. Eu e o Luca ainda estamos no colegial.
Porém, mesmo estudando, queremos continuar com o Stevens por muito mais tempo. Esse é o nosso pensamento no momento, mas nada impede que algum dia possamos seguir caminhos diferentes, cada um em uma profissão, mas sem dúvida estaremos juntos.
Agora, contem para nós um segredo que nem seus fãs ainda sabem! Qual música ou banda que cada um de vocês gosta, mas tem vergonha de admitir que ouve?
Adam: Todos nós temos algumas bandas que gostamos e nunca falamos (risos). Eu gosto de*NSYNC. Eles dançam muito bem!
Ricco: Gosto muito de Victor e Léo.
Luca : Backstreet Boys.
Keko: Adoro o Elton John.
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Fresno
Há algum tempo o Fresno é uma aposta grande quando se discutem quais bandas tem potencial de estourar comercialmente no Brasil. Motivos para isso não faltam: um som que definitivamente está em alta, uma forte presença no cenário underground e independente, discos com boas vendas mesmo que lançados por pequenos selos e o apoio da MTV.
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Fresno |
Agora o momento da banda parece estar chegando. Após anos na independência, o
Fresno assinou com uma grande gravadora além de estarem no cd/dvd "MTV Apresenta 5 bandas de rock" que fortalece a idéia de uma nova cena se consolidando no nosso cenário pop. Claro que cada uma das bandas traz a sua particularidade, seja o indie rock a la
Strokes do
Moptop, o hardcore melódico mais tradicional dos já veteranos
Hateen , ou o som mais melancólico do
Fresno(
Forfun e
NX Zero completam a escalação).
Fomos atrás de Lucas Silveira, que falou mais sobre esse projeto e também respondeu se ainda acha que a sua banda faz "hardcore emotivo" como eles mesmos se definiram quando mandaram uma música para concorrer no nosso concurso de "Novos Talentos" e sobre como vai ser o futuro do grupo agora em uma gravadora grande.
Entrevista
Vamos falar do DVD com as 5 bandas que acabou de sair. Como rolou o convite? Vocês já eram amigos das outras bandas?
Há alguns anos a gente já divide o palco com o Forfun e o NX Zero, tanto em festivais quanto em shows menores. A gente até ficou sabendo do DVD antes de sermos convidados e a princípio a gente nem sabia que também estava na parada. Nós começamos a nos informar e aí soubemos que também estaríamos no projeto. A iniciativa partiu da MTV mesmo junto com a Universal e o (produtor) Rick Bonadio.
Seria o caso de dizer que vocês todos fazem parte de uma mesma cena?
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Tavares e Cuper |
Sim, com certeza, já que são bandas que estão sempre tocando juntas. O Hateen faz parte dela há mais tempo ainda e com o Moptop nós já tínhamos feito pelo menos uns cinco shows ao lado deles. Seriam essas bandas que fazem parte de um cenário independente que hoje já nem é tão independente assim.
Vocês participaram do concurso de novos talentos do Vaga-lume e se definiram como uma banda de "hardcore emotivo". Hoje em dia vocês ainda usariam esse termo? Como lidam com o fato da palavra "emo" ter virado quase que um palavrão?
Eu acho que a palavra “emotiva” hoje está com uma conotação diferente que nem é legal. Na época esse termo era só um rótulo e hoje virou uma coisa maior envolvendo comportamento e outras coisas com as quais às vezes nem participamos ou concordamos. Mas o hardcore também é assim, as bandas com o tempo vão largando o som inicial e fazendo coisas de apelo mais universal e não só para o público do estilo.
As canções mais recentes de vocês mostram que novos elementos estão aparecendo, como os instrumentos eletrônicos. Vocês pretendem ir mais para esse lado na busca de um som mais diferente (um pouco como fizeram outras bandas consideradas "emo" como o My Chemical Romance)?
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Vavo |
É um caminho natural, até tem músicas nossas com uma veia completamente rock. A gente sempre flertou com outros estilos, mas sempre mantendo uma temática e um instrumental parecido. Mas desde o começo a gente nunca se prendeu ao hardcore e às músicas mais aceleradas.
Vocês surgiram em Porto Alegre e são de uma leva posterior ao que se convencionou chamar de "rock gaúcho" por aqui (Bidê ou balde, Video Hits e Cachorro Grande). Vocês ouviam ou eram amigos desse pessoal? Em alguma coisa eles influenciaram vocês?
A gente teve contato com essa galera sim, mas eles estavam estourando quando estávamos começando. Em 99/2000 a gente ainda estava tocando no colégio. Influência mesmo no nosso som acho que não teve, apesar de serem bandas que a gente gosta.
O Rio Grande do Sul é famoso por ser um mercado "auto-suficiente" com várias bandas
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Cuper |
Na verdade a desde o começo a gente saiu de Porto Alegre para tocar. Nós nunca ficamos esperando algo acontecer por lá. Tocamos muito no underground desde quando começamos a fazer as nossas próprias músicas. Sempre que as oportunidades surgiam nós fazíamos pequenos shows em diversas cidades do Brasil, às vezes sem ganhar dinheiro algum. Hoje em dia nós temos um bom público no Rio Grande do Sul, mas rola mais uma identificação por sermos de lá e não por fazermos um som tipicamente gaúcho.
O Fresno também está numa leva de bandas que se beneficiou quase que só da Internet para aparecer e divulgar-se (mesmo o Bidê ou Balde teve o apoio da imprensa escrita). Queria que vocês falassem um pouco sobre isso. Existem algumas dicas que vocês podem dar para as bandas mais novas sobre como usar bem a rede?
Com certeza, principalmente no começo quando a gente só tinha a Internet para divulgar o nosso trabalho. Hoje em dia a coisa complicou mais porque divulgar a sua banda só pela Internet não é mais uma idéia genial. Mesmo porque o mercado independente está com muitas bandas surgindo a todo minuto. Então hoje em dia eu realmente não tenho idéia de como fazer para atingir um público maior através da rede. Mas é bom lembrar que ao lado da Internet a gente sempre trabalhou muito no mundo real, fazendo shows, entrando em furadas... A Internet só serve para dissiminar um público que já existe. Não dá pra construir uma coisa só pela rede.
Agora vocês estão assinando com a Universal. O que mais pesou nessa decisão de largar a independência?
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Fresno |
Sim, nós assinamos contrato para gravar o próximo disco e vamos começar no meio do ano. Foi um acordo que surgiu depois da gravação do dvd inclusive. Antes da gravação nós não tínhamos contrato com ninguém. A gente sempre teve vontade de crescer mais e mais. Agora é a hora de aparecer em outros lugares para atingir uma gente nova. E uma gravadora possibilita isso, porque ela tem acesso a coisas que a gente nunca vai ter (por conta própria) como às rádios por exemplo. Então eles chegaram para somar. É uma parceria que estamos fazendo e que chegou na hora certa, pois já conquistamos tudo o que podíamos dentro do cenário independente.
Vocês dividem a mesma casa. Como é essa coisa de passar praticamente o dia todo com os mesmos caras? Surgem aquelas brigas de convívio ou está tudo sempre bem por aí?
Rola claro, mas a gente tem uma convivência muito boa e todo mundo tem a cabeça no lugar. Se um está mal-humorado ele sai e vai dar uma volta. A gente procura não ter atritos. A convivência está sendo boa e sempre encaramos isso como uma fase. É inviável morar junto com colega de trabalho pro resto da vida. A gente não teria como morar sozinho nesse momento então estamos juntos e ensaiamos na casa, o que está sendo bom para o processo de composição das músicas para o próximo disco.
Você também tem o Beeshop (confira em www.myspace.com/lucasfresnosongs),um projeto paralelo, com uma pegada mais pro indie rock e em inglês. Pode falar um pouco desse trabalho?
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Tavares |
Sim, quando tenho um tempo livre e uma idéia para uma música eu vou lá e gravo. Como ali não tem uma banda para conciliar as idéias eu posso fazer o som que eu quiser e o resultado acaba mais indie do que o som do Fresno.
E nada feito dessa forma acaba no Fresno?
Eu procuro separar bem as coisas. Sempre tive vários projetos e colocava algumas coisas pro Fresno que sempre foi o projeto principal. Mas agora eu procuro não misturar muito e tenho conseguido.
Existem planos de lançar essas músicas de uma forma mais profissional. Ou mesmo alguns shows solo?
Eu não tenho muita pretensão não. Só deixo no my space(www.myspace.com/lucasfresnosongs)para quem quiser ouvir e as respostas têm sido boas. Quantos aos shows, eu nunca fiz. Até tenho a idéia de pegar uma semana livre e fazer uns showzinhos com essas músicas, mesmo porque já tem um pessoal que gosta delas tanto os fãs deFresno como uma outra galera. Mas é algo para o
qual eu não me apresso.
Que bandas vocês estão ouvindo atualmente. Vocês costumam baixar músicas ou ir atrás de novidades?
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Lucas |
Falando por mim eu tenho ouvido bastante o Keane e eles estão nos influenciando bastante até. O show deles foi muito bom, o melhor que vi esse ano com certeza. Quanto a baixar músicas e conhecer bandas eu baixo bastante sim, mas não com muita paranóia. Eu quando gosto de uma banda baixo o cd inteiro e se gosto compro o disco. Eu vejo o mp3 como uma forma de divulgação, como um single para a rádio.
Para encerrar queria que você falasse um pouco sobre "Alguém que te faz sorrir" que é a música de vocês mais procurada pelos nossos usuários.
Desde que a gente lançou essa música ela teve uma aprovação muito grande. Ela tem aquela história da pessoa estar escrevendo para outra e sobre aquele esforço meio inútil de se fazer percebido por ela. A canção ilustra isso ainda que de uma forma meio confusa...
Eu também estava vendo que a nossa nova música, Polo (Insistir, Resistir, Desistir), está subindo bastante no site. Acho que logo logo ela vai ser a mais acessada. E esse resultado tem a ver com o fato dela estar vindo com uma divulgação que nenhuma música nossa teve até hoje.
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Beeshop
Certamente um dos projetos nacionais mais surpreendentes lançados no mercado neste ano, o
Beeshop é o projeto paralelo de Lucas Silveira, vocalista e líder do grupo de rock
Fresno.
Depois de passar alguns anos compondo músicas em inglês como hobby pessoal, ele tem a chance de mostrar para um número maior de pessoas algumas de suas canções mais íntimas e outras que mostram um compositor bem diferente daquele que conhecemos pelo
Fresno.
Aproveitando o recém lançamento de "The Rise and Fall of Beeshop", conversamos com Lucas sobre esse projeto e quais seus planos com ele daqui para frente.
Não perdemos a oportunidade para perguntar sobre o novo álbum do
Fresno, "Revanche", que está quase pronto. Lucas adiantou para o Vaga-lume o nome do novo single da banda e quando ele será lançado!
Um prato cheio para fãs de
Beeshop e
Fresno, essa entrevista com Lucas está imperdível! Confira:
Entrevista
Lucas, o Beeshop é um projeto de um disco ou veio para ficar?
Isso nem eu sei dizer porque esse disco nunca foi formatado para ser um disco. Quando eu estava gravando essas músicas, botando na internet, não pensava "essa vai ser a faixa número um do disco, essa aqui a número 2". O que aconteceu foi que eu ganhei uma carta branca para gravar esse material. Então, eu selecionei essas músicas e acabei compondo músicas novas.
Foi difícil reunir todas elas, para que pareçam do mesmo disco. Tanto que elas não parecem. Cada música é uma coisa. Cada música usa uma linguagem diferente.
Em um entrevista sua para o Vaga-lume em 2007, você comentou que não tinha a ambição em lançar um disco como Beeshop e apenas deixava cada música gravada no seu antigo MySpace. O que fez você mudar de ideias nesses anos?
Eu não tinha essa ambição porque a Fresno estava em outro momento. Era um momento que eu não podia causar confusão no público, quando o nosso nome estava se firmando no mercado e de repente dizer "Agora tem o Beeshop! Ouçam aqui".
O Beeshop acabou sendo, principalmente, uma coisa feita para quem era fã de Fresno há muito tempo e que não iria estranhar se eu tivesse um projeto solo, paralelo.
Mas, também lancei porque agora a gravadora acredita no projeto e quis investir para gravá-lo.
O tamanho que eu quero que esse projeto tenha é uma coisa complementar ao Fresno, que é a minha banda, o meu ganha pão.
O Beeshop é como um lazer, um projeto com o qual eu posso voltar a tocar em lugares pequenos, posso ter um show muito flexível e eu faço o que eu bem entender. Inclusive, é saudável para minha vida junto ao Fresno, para eu não ficar cansado daquela coisa de ser uma banda grande, de mega pressão. Esse é um projeto sem pressão e não existe uma intenção, um compromisso de fazer sucesso.
Quando as primeiras músicas como Beeshop saíram, ouvia-se algumas comparações com o Dashboard Confessional. Quando você começou esse projeto os tinha como referência ou acha isso apenas uma coincidência?
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Lucas lança primeiro disco do Beeshop |
No começo, o Beeshop foi feito realmente para ser um projeto acústico meu, que foi uma coisa que foi mudando. Depois eu pensava "ah, acho que não tem que ser acústico". E assim, eu fui tendo outras ideias, fazer uma música livre de rótulos. Mas, até fazer o disco, isso não era muito formatado. Eu não sabia como iria soar e ser.
Tem algumas músicas que lembram essa sonoridade um pouco mais acústica do Dashboard Confessional.
Mas, o que está rolando agora é que eu tentei soar da forma mais diferente possível do Fresno porqueDashboard Confessional é uma referência direta para a Fresno. Então, eu não queria fazer uma coisa que se confundisse com a Fresno.
Eu procurei usar tudo o que já ouvi e tudo o que já gostei em toda minha vida. Tem coisas ali que eu gosto desde os meus cinco anos. Então, o disco é um apanhado de tudo que eu ouvi na minha vida e é justamente por isso que tem coisas tão diferentes nele.
Os arranjos de "Lovers Are In Trouble" mostram a sofisticação de uma big band. Você gosta mesmo de jazz e cantores como Frank Sinatra ou esse arranjo foi criado de uma forma natural?
Eu gosto de todo tipo de música que considero boa. Então, eu não sou um profundo conhecedor de jazz, mas eu gosto de música deste estilo, pois acho uma expressão universal. Ela é tão tradicional que virou uma coisa universal.
Ray Conniff, Ray Charles e Frank Sinatra são músicas universais, simpáticas a todos os ouvidos e todo mundo acaba gostando.
Então, eu procurei usar essas ferramentas para fazer o meu próprio disco, em inglês, que é uma língua universal e fazer uma coisa totalmente globalizada.
E você como compositor de cada canção, citaria quais influências presentes nas músicas do Beeshop?
Citaria os Beatles e o Queen. Beatles tem uma parte mais rock, uma fase mais clássica. E o Queenpela forma livre de cantar. Para mim um grande exemplo de vocalista, um dos melhores intérpretes e compositores já nascidos. Se eu for citar uns três vocalistas, com certeza o Freddy Mercury vai ser um deles.
Esses dois foram sons que eu ouvi bastante durante o ano passado e que acabou sendo a influência mais forte nesse disco. Mas, também tem coisas ali que acabam puxando para um lado quando eu era mais moleque e agora voltei a ouvir, bem anos 80. Também tem indie rock tipoWeezer.
Como você escreve as músicas para o Beeshop? Todas têm sua origem em inglês ou já teve algumas ideias que vêm de rabiscos em português?
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Influênicas de Beatles e Queen são grandes para Lucas |
A maioria das músicas, boa parte do que eu ouço é rock internacional. Então, das músicas que eu faço, inclusive em português, às vezes começa com uma ideia melódica, que é uma frase em inglês.
O rock é uma coisa que é de fora, assim como um cara que vai fazer um samba, vai começar com algo em português.
Muitas músicas surgiram de ideias e historias que eu queria contar e que talvez se essas historias fossem contadas em portugues ficariam meio bestas. Seria inclusive difícil encaixar. A música em inglês conta histórias, ela é mais uma prosa. Já em português ela é mais poesia, uma coisa mais contemplativa e não narrativa.
As críticas para "The Rise and Fall Of Beeshop" têm sido muito boas, sem exceção. Como músico, você aprende algo com as críticas musicais?
A música acaba sendo julgada como se fosse uma ciência exata, como se a música boa fosse universalmente boa e a ruim, universalmente ruim. O que é uma grande inverdade.
A crítica está se encaminhando cada vez mais para ser uma coisa pessoal. Por isso que hoje em dia as críticas são assinadas embaixo. Mas eu não sou uma pessoa que pensa "criticaram isso, então vou mudá-la". O meu grande termômetro é o público e também a minha alegria pessoal de estar cantando aquilo. Se eu fizer música popular, que fizer sucesso, mas eu não estiver feliz com ela, serei uma pessoa muito infeliz de cantá-la pelo resto da vida.
No caso do Beeshop, ele foi um sucesso de crítica talvez porque tenha sido um disco que musicalmente dialoga com um pessoal que tenha uma idade maior.
Claro que eu leio, que me importo e fico feliz quando o disco além de lembrado pelo público também é lembrado pela crítica. Mas, acho que de nada adianta agradar meia dúzia de pessoas que escrevam sobre música, se não agradar também o público que é quem vai comprar teu disco e vai ao teu show.
E como autor, conte para gente qual letra é a sua preferida ou pelo menos a mais marcante desta gravação.
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Lucas quer documentar shows do Beeshop |
A música que acaba sendo a mais pessoal é a última do disco, que se chama I Was Born In The 80's, que só fala sobre coisas que eu fazia quando era moleque. Falo sobre meu cachorro, minha bicicleta, sobre as as bandas que ouvia. E fala sobre como o saudosismo vai matando a gente sem ter alguém pra dividir.
Ela fala "só não fico completamente louco porque tenho você". Até parece fora de contexto na música, mas é porque o cara tá contando para uma pessoa, tipo "olha só o que tinha, como era legal". E ainda existe esse saudosismo na minha idade, tipo "como era tudo legal, tudo bonito". Essa música com certeza tem isso, é um jeito de escrever que eu não estava acostumado antes.
E você é uma pessoa saudosista?
Eu sou bastante saudosista.
Com o lançamento do disco, qual é o próximo passo do Beeshop?
Meu próximo passo é fazer alguns shows, não vai ter uma agenda de turnê completamente aberta porque não tenho como abraçar o fato de ser vocalista e com duas bandas. Fisicamente para mim é impossível porque a voz acaba. Então, eu vou fazer alguns shows com o Beeshop, nas principais cidades, pelo menos para divulgar o projeto também porque existe uma demanda grande de fãs que querem ver isso ao vivo.
Farei esses shows e vou documentá-los para talvez conseguir ter mais um produto daqui um tempo. Um documentário desses shows do Beeshop. É uma ideia minha que eu quero fazer, nem que seja para botar no Youtube.
Também fazer o maior número possível de clipes desse disco. Todos com pouco orçamento, mas com boas ideias de gente boa que está afim de mostrar serviço. É o caso do primeiro clipe da música Come And Go.
Lucas, sabemos que você está gravado o próximo disco da Fresno, "Revanche". O que você pode nos adiantar sobre esse material? Uma Fresno muito diferente de "Redenção"?
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"Come and Go" é o primeiro clipe do projeto |
A partir do momento que eu terminei o disco do Beeshop, a gente já entrou em estúdio para fazer o álbum novo da Fresno, que se chama "Revanche" e vem sendo adiado a muito tempo, mas por fatores fora do nosso controle. Como o DVD da Fresnoacabou tendo uma aceitação maior que a gente achava, fez com que a gente trabalhasse com mais uma música desse lançamento.
Então, isso empurrou o "Revanche" para uns seis meses depois.
Agora, vamos dar um tempo para o lançamento do Beeshop, o que dá mais uns dois meses.
Então, vamos acabar empurrando o CD da Fresno para depois da Copa do Mundo (que acontece em junho, deste ano).
Mas, não queremos que a Fresno fique sem música de trabalho durante esses meses. Portanto, em maio já vai sair o primeiro single do disco "Revanche", que se chama "Deixa o Tempo".
A gente vive um momento diferente do que vivíamos quando foi feito o "Redenção". Esse disco é um momento da banda completamente diferente. É um momento meu, pessoal, como compositor, como pessoa completamente diferente.
As músicas também vão ter uma sonoridade muito diferente, de quem conhece apenas o nosso último disco. Talvez, a galera que conheça mais profundamente a gente, em outros álbuns, vá até se familiarizar e dizer "eles eram mais assim naquele outro disco". Mas, não é uma volta à raiz. É uma evolução muito maior, querendo puxar a responsabilidade do disco para fazer um rock mais forte, mais porrada, que era o que a gente tava afim de fazer, também pela formação com o Bell na bateria. Tudo contribuiu para que fizessemos um disco bem diferente.
Também, o fato de nos sentirmos seguros e por ser hora de a gente arriscar e fazer uma coisa inesperada, para as pessoas verem que não somos mais uma dessas bandas jovens de sucesso. Somos um grupo jovem de sucesso e também querendo se firmar como uma banda complexa, profunda e que tem muita música para mostrar ainda.
Lucas, mande um recado para seus fãs que curtem tanto a Fresno quanto o Beeshop!
Obrigado por fazerem da gente sempre uma das bandas com mais acesso no site. Isso deixa a gente muito feliz porque as pessoas querem aprender o que estamos cantando. Então, é muito legal essa procura que a gente tem. Valeu!
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